Noemi era temente a Deus e sabia compreender a vontade Dele em sua vida. Mesmo em meio as dificuldades ela sabia que Deus estaria com ela e que a proveria em todas as coisas. Percebe-se que ela ficou abalada com toda a situação, pois nosso humano nunca sabe realmente lidar com derrotas e dificuldades. Louvar a Deus na alegria é fácil, porém ser fiel a ele em meio a tempestade nos faz muitas vezes duvidar se Ele esta nos protegendo ou não. Deus está sempre conosco, e creio que nas adversidades Ele está mais próximo ainda nos amparando com se imenso guarda chuva não deixando que o pior da tempestade nos atinja, apenas aquilo que podemos suportar, que são os respingos. Deus sabia que Noemi passaria por aquele período difícil e sairia vitoriosa porque Ele conhecia o coração dela assim como conhece o nosso também. Cabe a nós acreditarmos na Sua proteção e provisão divina em nossas vidas. ABÇ paz a todos!!!
Rute
Shalon amadas de Deus!! Iniciaremos uma série de mensagens expositivas sobre o livro de Rute, na intenção de mostrar, através deste livro, o que a Bíblia nos ensina sobre relacionamentos. Todavia, antes de começarmos a estudar cada uma das partes do livro, devemos observar o livro como um todo. No livro de Rute, destacamos pelo menos duas mensagens centrais.
A primeira se refere à “plena causalidade” de Deus, ou melhor dizendo, é a mensagem que fala sobre a direção contínua, soberana e providencial de Deus. Através da leitura percebemos que Deus está em toda parte, mas totalmente escondido em coincidências e planos puramente humanos. Em 2.3, por exemplo, lemos que Rute, por casualidade, entrou na parte do campo que pertencia a Boaz, vindo a encontrar-se com ele. Em 3.1 lemos o plano arriscado de Noemi para o casamento de Rute com Boaz e vemos que o plano funcionou perfeitamente. Isso não é coincidência, mas a ação providencial de Deus.
A segunda refere-se à graça de Deus, ou melhor, é a afirmação de que Deus não faz acepção de pessoas. Antes, todo aquele que tem no seu coração a disposição de buscar o Senhor, esse é recebido por Ele. Para Deus não há filhos ou filhas prediletos. Em 2.10-12 lemos que Rute não é discriminada apesar da sua origem e nem desprezada por Deus apesar de não ser israelita; diz o texto que ela não foi repulsada quando veio buscar refúgio sob as asas de Deus. Em 4.18-21 lemos que Rute, apesar de não ser do povo de Israel, foi incluída por Deus na genealogia de Davi e, conseqüentemente, na genealogia de Jesus.
O texto de Rute 1.1-6 nos conta a história de uma família comum. À primeira vista, parece ser uma história bastante triste e cruel, e podemos perguntar onde Deus estava no meio de todas essas aflições. Mas precisamos voltar para o texto a fim de compreender melhor a sucessão dos acontecimentos. Logo no versículo 1, lemos “nos dias em que julgavam os juízes, houve fome na terra”. A compreensão desse texto é sumamente importante para o entendimento dos fatos posteriores. No tempo dos juízes o povo de Israel recebeu um cuidado bastante específico de Deus. Ao ler o livro de juízes percebemos que em todo o tempo Deus estava buscando ensinar ao seu povo a vida de santidade. Ele não queria apenas que o seu povo carregasse o seu nome, mas queria que o seu povo fosse exclusivamente seu. Por isso, quando percebia que o povo começava a se desviar, Ele intervinha permitindo que inimigos atacassem a Israel ou fechando os céus para que não chovesse na terra. O capítulo 3 do livro de Juízes fornece informações adequadas para a compreensão de todo esse período.
Chegamos à conclusão de que esse período de fome foi resultado da disciplina de Deus sobre Israel. Mas Elimeleque, ao invés de permanecer na cidade e se submeter à disciplina de Deus, resolve sair da terra de Judá para residir na terra de Moabe. A conclusão a que se chega, pela leitura do contexto maior, é que Elimeleque estava tentando fugir da disciplina de Deus que estava vindo sobre todo o povo. É muito provável que sua rebelião contra a disciplina de Deus tenha sido a causa da sua morte na terra de Moabe. O mesmo ocorreu a Malom e Quiliom, que decidiram permanecer naquela terra – e nesse caso, mais uma das evidências que revelam o desgosto de Deus para com eles está no fato de eles não terem conseguido deixar descendência(Rute 1:11-13).
Algo mais que chama a atenção no livro de Rute são os nomes das pessoas. No Antigo Testamento, os nomes não eram dados por acaso; geralmente eles representavam uma situação que estava sendo vivenciada no momento pelo filho, pela família ou pela nação. Quando lemos o livro de Rute os nomes, particularmente, chamam a nossa atenção. Elimeleque significa ‘Deus é rei’; Noemi significa ‘deleite’; Malom significa ‘doentio’; Quiliom significa ‘tuberculose’; Orfa significa ‘rebelde’; e Rute significa ‘companheira’. Sem dúvida, esses nomes apresentam algo sobre realidade das pessoas ou das situações que existiam ao redor delas. Elimeleque provavelmente recebeu o seu nome como referência à boa situação em que se encontrava Judá no tempo do seu nascimento: o governo de Deus e a prosperidade do povo. E o mesmo se pode dizer quanto ao nome de Noemi. Quanto aos filhos, parece que provavelmente esses nomes não se referem a uma situação do povo de Judá, mas sim à sua própria saúde. É provável que, ao nascerem, eles tinham a saúde bastante debilitada, e sem dúvida a sua morte prematura parece revelar essa realidade de enfermidade em seus corpos. Por causa disso, eles certamente não poderiam conferir às pessoas a segurança de que estariam para sempre juntos.
Diante desse quadro é possível a aplicação de uma alegoria: pensemos em relacionamentos entre as pessoas. Com que tipos de pessoas nós devemos estabelecer relacionamentos profundos: com aquelas que não nos oferecem qualquer segurança de estarem continuamente do nosso lado ou com as que buscam viver uma vida íntegra? Quando buscamos estabelecer relacionamentos, é muito importante nós conhecermos a “saúde interior” das pessoas. Há muitos que são instáveis, cheios de problemas dentro delas mesmas, e por isso ora estão ‘numa boa’, ora estão ‘numa péssima’. Sem dúvida, esse não é o tipo de pessoa com a qual nós devemos estabelecer relacionamentos profundos, especialmente visando o namoro e o casamento. Esse tipo de pessoa não pode trazer segurança; ela vive em função dela mesma, da própria enfermidade. E, no fim, ela vai trazer aflições para a sua vida. Precisamos buscar pessoas verdadeiras, transparentes, saudáveis, equilibradas, não possessivas e que, sobretudo, tenham o temor do Senhor no coração. O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e é ele que direciona a pessoa para o equilíbrio. Busque se relacionar com pessoas que sejam bênção para a sua vida.
2ª Parte:
Rute 1.1-7; 19-21
O AT está repleto de grandes heróis da fé: homens e mulheres que em nome de Deus, realizaram proezas, experimentaram o sobrenatural em suas vidas, foram instrumentos dos poderosos atos de Deus entre os povos.
O livro de Rute, no entanto, diferentemente da maioria dos livros do AT, trata da “ação oculta de Deus” através de pessoas comuns; trata da “quase imprescindível” ação de Deus no cotidiano de uma família israelita; trata do “agir poderoso de Deus”, sem estardalhaços, na vida de pessoas simples e comuns.
No livro de Rute o maná não cai do céu, nem a água sai da rocha, mas o Deus da provisão se faz presente; o mar não se abre, o fogo não desce do céu, mas sua mão poderosa age de maneira irresistível; não existem terremotos, raios, nem trovões, mas a presença calma e tranquila de Deus é perceptível.
E, apesar de não relatar fatos espetaculares, acontecimentos miraculosos, o livro de Rute, fala de, pelo menos, um herói ilustre (Boaz) e duas heroínas (Noemi e Rute).
Então, quem são os heróis de Deus no livro de Rute? O que esses heróis nos deixaram como exemplo?
1. São pessoas simples e comuns que vivenciam tragédias, sofrem os efeitos psicoemocionais das tragédias, mas não abrem mão da sua fé (1.13,20,21)
V.1a è Noemi viveu numa época de caos espiritual, caos político, caos social. Ela viveu na época dos juízes.
V.1b è Ela viveu numa época de escassez de alimento, de campos improdutivos, de sobrevivência ameaçada.
V.1c è Por causa da fome, Noemi foi forçada a migrar para outro país historicamente inimigo do seu povo. Ela passou a viver longe de sua terra, de parentes e amigos, do aconchego do seu lar, do seu ambiente familiar.
V.3 è Como se não bastasse, em terra estranha, perdeu o marido.
V.5 è Agora, sem marido, em terra estranha, perdeu também os dois filhos. O texto ressalta o seu desamparo.
Restava a Noemi apenas a quase certeza, a dura realidade de ver a extinção de sua família; seus filhos morreram sem deixar descendentes. Em Israel, não havia tragédia maior do que uma família deixar de existir. Ter o seu nome apagado da história.
Quando lemos os vs. 13, 20, 21 percebemos que Noemi não passou ilesa pelas tragédias, não tirou de letra, não manteve o sorriso nos lábios para dar uma satisfação à sociedade de que servo de Deus não pode andar cabisbaixo, não se mostrou gelada como uma coisa sem vida e sem sentimento.
Com suas palavras ela revelou os efeitos das tragédias na sua alma, nas suas emoções, nos seus sentimentos. Noemi sentiu profundamente o “baque”.
Provavelmente os efeitos das tragédias na vida de Noemi se mostravam na sua aparência.
No v.19 a chegada de Noemi em Belém provocou uma comoção geral. Noemi saíra de Belém casada e voltara viúva; saíra com dois filhos e voltara com o atestado de óbito de ambos. Saíra cheia e voltara vazia, saíra em busca de uma vida melhor e se deparara com o pior.
Vejamos no v.20 como ela reagiu a essa comoção. “Porém, ela lhes dizia: Não me chameis Noemi: chamai-me Mara, porque grande amargura me tem dado o Todo-Poderoso”.
è Não me chamem Noemi (agradável); esse nome não condiz com o meu momento; esse nome distoa completamente dos meus reais sentimentos; esse nome é uma contradição das marcas deixadas pelo Todo-Poderoso em minha alma; não me chamem Noemi, pois a minha situação não está nada agradável.
Ao invés disso, me chamem de Mara, chamem-me de amarga; este nome está mais de acordo com o meu momento; sim, condiz com os meus reais sentimentos; este nome revela verdadeiramente as marcas deixadas pelo Senhor em minha alma; chamem-me “Mara”, Amarga, porque grande amargura me tem dado o Todo-Poderoso.
Se Noemi vivesse em nossos dias, e fosse membro de nossa igreja, o que diríamos pra ela diante de tais declarações?
Talvez diríamos: “Mulher, Noemi, não diz isso não! Não fale assim do Senhor nosso Deus!”
Que tipos de comentários faríamos, posteriormente, na ausência de Noemi?
“Mas mulher, tu nem sabes! Noemi deu mau testemunho, escandalizou o evangelho na frente das mulheres da cidade! Tu nem sabes o que ela disse na frente de todo mundo!”
Amados, a presença de Deus em nós não nos desumaniza, não nos torna uma coisa fria, sem vida e destituída de sentimentos.
O que Noemi fez foi verbalizar os seus reais sentimentos. Ela sentiu os efeitos psicoemocionais das tragédias em sua vida e verbalizou o desgosto do seu coração.
Mas algo nos impressiona nessa mulher que nos permite chamá-la de “heroína da fé”.
Mesmo amargurada e desgostosa com Deus; mesmo tendo sofrido os efeitos psicoemocionais das tragédias em sua vida, Noemi não perdeu a sua fé, não abriu mão do seu Deus, não perdeu totalmente a visão correta do Senhor.
Ela foi capaz de abençoar e desejar as bênçãos do Senhor sobre suas noras. 1.8,9
Apesar do que aconteceu com ela, apesar da amargura e desgosto no coração, Noemi não deixou de crer que o Senhor é benevolente, abençoador e proporciona felicidade aos que Nele confiam. Quando disse isso, Noemi não estava fora de si, não estava em estado de choque; ela estava lúcida, tinha plena consciência do que estava dizendo.
Ela mostrou-se convicta que o seu Deus tem o controle até mesmo das tragédias da vida. (1.13,20,21)
Noemi mostrou-se plenamente convicta de que as coisas que aconteceram com ela não foi obra de deuses pagãos, não foi produto do acaso, não foi produto do destino, não foi por má sorte, não foi o seu carma, não era a sua sina, não foi consequência do que fizera numa encarnação passada, não foi obra do diabo, “ela não disse que o inimigo estava furioso com ela”; pra ela o seu Deus era o responsável direto pelas suas tragédias. Para Noemi, assim como para nós o Senhor é soberano, não somente no bem que nos ocorre, mas Ele é soberano também nas tragédias que nos atingem.
Noemi manteve a condição que o Senhor não se esquece para sempre dos seus (1.6)
Noemi recebeu a informação, ouviu a notícia que o Senhor visitara (se lembrara), resolvera mudar a sorte de seu povo. Observemos que Noemi não se dispôs a voltar para Belém porque ouviu falar que “as coisas melhoraram”, que “a situação econômica do seu país havia mudado”; ela resolveu voltar para Belém porque ouvira falar que o Senhor se lembrara do seu povo, que o Senhor havia mandado chuva e fertilidade para os campos do seu povo.
Ou seja, apesar da amargura e desgosto no coração; apesar das feridas na alma; apesar das tragédias sofridas, Noemi não deixou de crê que o Senhor Deus não se esquece para sempre do seu povo. Motivada e impulsionada por essa convicção voltou para sua terra e para o seu povo.
Comentários
Sobre a leitura da 2ª parte do estudo de Rute
Data: 07/10/2012 | De: Paula Araújo
É interessante perceber que o Antigo Testamento está repleto de exemplos do agir de Deus: sinais , maravilhas, prodígios, atuação direta de Deus na Terra. Até o seu falar com os filhos era como algo muito pessoal, vivo, do tipo "cara a cara", como não percebemos claramente no Novo Testamento, no qual só é possível perceber um tratamento tão íntimo da parte de Deus com seu filho, Jesus. É claro que estamos falando de um tempo onde o Sangue de Cristo ainda não havia sido derramado na terra e a comunicação de Deus com os homens fazia-se por intermédio dos profetas. No livro de Rute, não vemos um agir manifesto, prático de Deus com os homens, mas percebemos que Ele está ali, cuidando pra tudo saia conforme Sua soberana vontade! Embora estejamos no tempo da Graça, não vemos esse atuar "esplêndido" de Deus, além de casos isolados, específicos, mas percebemos no dia-a-dia que Ele está sempre por perto, cuidando e zelando por nós, mas sobretudo zelando por Sua Palavra, a fim de cumprí-la em nossas vidas!
Assim como Noemi, devemos aprender a confiar substancialmente em Deus, tendo convicção em nossos corações de que no tempo propício ao Senhor, alcançaremos a Graça e a confirmação daquilo que temos buscado no Senhor, porque afinal de contas, Ele não nos deixa sem resposta; seja sim seja não, Ele nos responderá e, temos que estar preparados, pois a vontade soberana de Deus irá sempre prevalecer sobre a nossa! Tenho orado a Ele dizendo que independente do que acontecerá até o final desse propósito, tenho plena confiança Nele e convicção de que fará o melhor acontecer na minha vida!
Eu creio, eu recebo e agradeço desde já por essa oportunidade de ficar mais tempo perto do Amado de minha alma, meu Senhor e Rei! Só por isso já valeu à pena passar pela prova dando Glória à Deus!! Uma semana de NETSARON pra todos!!
Re:Sobre a leitura da 2ª parte do estudo de Rute
Data: 09/10/2012 | De: Jaqueline
Shalon amada!!! fico feliz de poder saber que Deus está trabalhando em ti principalmente na questão da ansiedade, porque como tu mesmo menciona, não é somente a benção que te interessa mais o fato de tu ter te aproximado mais do Noivo Amado durante o propósito. Acreditando que o Senhor fará o melhor por nós, e que o mais importante é passar pela prova dando Glória a Deus!! Que YAVEH RÓI TE CONDUZA PELO CAMINHO, QUEM O CAMINHO? JESUS É O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA!!!
considerações sobre o estudo
Data: 05/09/2012 | De: Paula Araújo
Graça e Paz amada!!
Li com atenção o estudo e como já imaginava, algumas coisas falaram ao meu coração. Por exemplo, a questão da influência dos nomes na nossa vida! Fiquei pensando no significado do meu, visto que espero alcançar coisas grandes do Senhor! É importante frisar o contexto histórico que envolveu a história de Rute, nas dificuldades que ela enfrentou e, como diz o texto, das providências que Deus foi tomando pra minimizar e resolver os problemas que ela enfrentava ao lado de Noemi. Aliás, refleti também na questão da fidelidade de Rute a Noemi, como ela era orientada a agir e, sem demora, acatava às orientações de sua sogra!
Sem mais,
Uma excelente semana pra vc!!
considerações sobre o estudo
Data: 05/09/2012 | De: vanessa
De acordo com o estudo entendi que Deus nos direciona para o melhor quando somos obedientes a Ele. quando nos comportamos com rebeldia e desobediencia trazemos desgraça para nossas vidas; assim como Elimeleque que não aceitou a disciplina de Deus trazendo desgraça para toda família e mesmo após sua morte seus filhos sofreram as consequências pela atitude rebelde do pai.
Porém também entendo que Deus não desampara aqueles que se prostam perante Ele e que devemos perceber a importancia de um servo orientador em nossas vidas. Noemi comparando com hoje em dia seria como uma pastora, mãe biológica, uma mãe espiritual (como é seu caso comigo) ou um profeta do Senhor ( que tb é seu caso) temente a Deus.
A atitude de Rute em não abandonar Noemi demostra fidelidade e eu entendo que Deus quer que tenhamos essa fidelidade com ele para que suas bençãos venham sobre nossas vidas. Rute foi restituída financeiramente e sentimentalmente e passou da posição de pobre para rica e Deus quer fazer isso conosco, tanto em nossa vida humana quanto a nossa espiritualidade, para que sejamos ricos em espirito almejando a vida eterna.
Rute conseguiu sua vitória pela obediencia e entendo que o principal caminho para alcançarmos as bençãos é através da obediência ao Senhor.
Um grande abraço!!!